Conferência - Mercados Financeiros
Out, 27, 2011 / Out, 27, 2011
A Ordem dos Economistas, o IPGC - Instituto Português de Corporate Governance e a APAF - Associação Portuguesa de Analistas Financeiros iniciaram no dia 27 de Outubro, na Sede da Ordem um Ciclo de Conferências subordinado ao tema "Boas Práticas nos Mercados Financeiros".

Na primeira destas Conferências, que se realizou no dia 27 de Outubro, fez-se uma abordagem aos "Mercados Financeiros" e teve como oradores António Seladas e João Cantiga Esteves.




Boas Práticas nos Mercados Financeiros
 O princípio da tolerância que domina a disciplina da corporate governance que prescreve orientações e comportamentos como recomendações que não são critério dicotómico do certo e do errado (patente na pedra de toque que é o comply or explain), parece, desde o diagnóstico da crise de 2008, estar em causa, especialmente no âmbito da corporate governance das Instituições Financeiras.

Não foi a falta da observância de medidas de corporate governance que causou essa crise. No entanto, amiúde, afirma-se que caso esta observância tivesse sido mais exigente, nomeadamente, no exercício das competências de fiscalização pelos administradores, ou órgãos sociais, competentes, pela adequada gestão dos conflitos de interesse e se os incentivos aplicados fossem mais adequados à exposição da instituição aos riscos de curto e longo prazo, tal teria mitigado os piores aspectos da crise.
Desde logo, questionamo-nos se as propostas actuais da União Europeia de maior intervenção pública na governance das instituições financeiras são verdadeiras soluções para o propósito de alcançar maior controlo dos factores do risco. Assim como perguntamo-nos, se, pelo contrário, melhor será manter, os aspectos que imperativamente ora se pretende regular, à valoração das partes envolvidas.

Estará justificada pelo risco sistémico a intervenção pública na definição de critérios de composição dos conselhos de administração das instituições financeiras, na distinção das funções dentro de cada conselho e a indicação das realidades relativamente às quais o conselho deve estar particularmente atento e, necessariamente, capaz de formular adequadas previsões, e capacitado para a eventual verificação destas.

O ambiente e o condicionamento da decisão da administração executiva da instituição financeira deve ser susceptível de contrariar decisões que manifestamente não correspondem aos interesses que a instituição deve prosseguir. Isto é o que se pretende e tal dependerá, sempre e principalmente, das pessoas que imediatamente formam esse ambiente e que podem fazer valer, de forma oportuna e eficaz, esse condicionamento.

São a estas questões e outras, que vos convidamos a formular e a debater no Ciclo de Conferências em epígrafe, que a Ordem dos Economistas, o IPGC e a APAF vão levar a cabo a 27/10,  24/11 e  11/01  das 17h30m às 19h30, sempre na Sede da O.E., Rua da Estrela, 8 em Lisboa.

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Local: Sede da Ordem

Morada: Rua da Estrela, 8, Lisboa

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